sexta-feira, 26 de junho de 2009

Vade Retro

Quando sairemos do subdesenvolvimento? Possivelmente nunca, se as coisas seguirem como estão.

Como sair do subdesenvolvimento se há pessoas que trabalham arduamente e ganham míseros salários e outros que sequer comparecem ao local de trabalho e ganham bem? Faço minhas as palavras de João Ubaldo Ribeiro: “...[infelizmente] pertenço ao país onde as "EMPRESAS PRIVADAS" [E porque não dizer os Entes Públicos] são papelarias particulares de seus [chefes e] empregados desonestos, que levam para casa, como se fosse correto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos... e para eles mesmos. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais”.

Digo mais, não vejo graça alguma naqueles imbecis que se deslumbram diante da riqueza dos agiotas locais, pois tudo parte da grana que eles ostentam são obtidos de forma não republicana, para usar um termo tristemente comum.

Temos ainda os pobres de espírito que se gabam de nunca ter que trabalhar porque são filhos de pessoas influentes e sempre existem cargos de confiança para preencher (leia-se ganhar sem trabalhar).

Esperantina está repleta de casos assim. Basta uma revirada em algumas páginas dos balancetes e lá estão os assessores parentes e puxa-sacos aderentes de digníssimos senhores corroendo a folha de pagamento. Enquanto estes se locupletam a expensas do erário, os pobres mortais amargam um salário de m#@$ no fim do mês.

Fato incontestável é que, em nome da governabilidade, há recomendações expressas para que não se toque no assunto nos ambientes onde são tomadas decisões. Vade Retro, atraso!

Um comentário:

  1. Para a tristeza de uns e alegria de outros. O q podemos fazer neste mundo indigno?

    E vê se muda meu endereço aí, pois a partir de agora é: Macelino.com

    abraços e continue assim: livre com suas palavras

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Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!