segunda-feira, 7 de abril de 2008

Um olho na enchente, outro no voto.

Parece incrível, mas até mesmo durante a situação de calamidade pública, como esta das enchentes em Esperantina, os oportunistas se aproveitam para angariar alguns votos, camuflados entre sentimentos humanitários – ou cristãos, como preferem alguns.

Um prévio estudo já deveria ter sido feito pela tal defesa civil do município (se é que isso existe) para, quem sabe, minimizar este tormento, porém, o imediatismo é dominante no medíocre pensamento político local. Mas afinal, para que perder tempo com projetos, se a “ajuda” in loco atrai para si todas as atenções e desperta os amores do povo?

Agora que a cidade já atraiu a atenção dos poderes públicos municipal e estadual (nossa!), defesa civil, bombeiros, policia militar, ainda falta o bope e a força nacional. O período eleitoral tem dessas coisas, infelizmente.

Porém, não adianta agora apontar culpados. Para o bem ou para o mal, ainda bem que este é um ano eleitoral, caso contrário não se veria multidão de “filantropos” a se disponibilizar – somente pelo amor ao próximo - a qualquer hora do dia ou da noite. Verdade seja dita, muitos possíveis candidatos, de todos os matizes, estão empenhados em ajudar a população vitimada pelas enchentes, em uma frente de solidariedade que deveria se estender durante todo o ano, quem sabe assim finalmente o desenvolvimento batesse às nossas portas!

Só para lembrar: se aquela obra de contenção de enchentes, apelidada de cais, tivesse sido construída totalmente, evitaria grande parte dos problemas ora vivenciados, mas o desinteresse fez com que fosse deixado pra trás, pois as enchentes apresentam ótimas oportunidades para colher votos entre os flagelados.

"Nesse mundo existe a ganância
nisso gera fome e a miséria
uns tem tudo e outros não tem nada
esse é o lema na minha pátria amada
".
(Vírus 27)

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