domingo, 27 de abril de 2008

Liberdade de expressão

Com misto de satisfação e receio observo atentamente os vários canais de informação na cidade, sinal dos bons tempos, onde a liberdade de expressão é assegurada, pena que nem todos a exerçam com imparcialidade.

Enquanto um grupo de noticiosos parece publicar matérias em cadeia nas diversas mídias disponíveis, tipo fotocópia, outros passam a divulgar toda sorte de notícias a pretexto de informar, em um processo de vulgarização sem precedentes, onde não importa a qualidade e sim a quantidade de fatos expostos.

A “verdade” é escancarada em termos truncados, ficando às vezes incompreensível. Aos atravessadores de notícias não custa nada lembrar o ditado “existem sempre 3 verdades: a minha, a sua e a verdadeira”. Acrescente-se ainda que as segundas intenções são notórias e onipresentes, sempre há um “jeitinho” para colocar uma foto ou opinião legal de um “amigo” correligionário, flagrado (vejam só!) exercendo boa ação. Na pressa, fatos considerados positivos aos adversários são atropelados impiedosa e maldosamente para auferir maior efeito aos leitores que se deixem alienar. Parecem escrever vendados para a realidade e vendidos ao delírio.

É inegável o que está grafado na Constituição de 1988: “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição”. Mas há de se convir que a utilização de meios de informação para proveito próprio ou de outrem em período delicado como este agora, ano eleitoral, deveria ser comedido.

Liberdade com responsabilidade. O resto é papo furado.

Só existem duas maneiras de fazer carreira em jornalismo. Construindo uma boa reputação ou destruindo uma. Tom Wolfe, jornalista e escritor

Um comentário:

Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!