segunda-feira, 29 de abril de 2013

Eterna dualidade

A oposição será sempre popular; é o prato servido à multidão que não logra participar no banquete.

Joaquim Nabuco


Imagem: Banco de imagens Internet
A situação em Esperantina no momento atual é bastante peculiar. Por onde se vá inevitavelmente haverá pessoas de posição e oposição a comentar algo, em particular quando se trata de assuntos ligados à política, que ninguém assume gostar, mas que não sai da pauta do dia. 

Nos sites é possível vislumbrar aqui e ali uma notícia tendenciosa para qualquer lado, depende de quem a posta, mostrando defeitos de uns e qualidades de outros, embora particularmente não consiga notar diferenças que não sejam nomes e cargos. 

A turma ressentida procura a qualquer custo incrustar notícias, por menor ou insignificante que seja para trazer à baila o tema política e ressuscitar velhos fantasmas. Lembro bem que saudosistas costumam citar ex-prefeito de grande reputação como exemplo maior de mandatário que já passou pela viúva. Neste momento em particular eu lembro de ter ouvido histórias deste mesmo senhor, quando por ocasião de ser interpelado na rua por um popular próximo ao mercado público sobre a alta no preço da carne, o modelo de gestor teria dito: 

- Quem tem dinheiro come carne. Quem não tem come feijão! 

Sim, temos nossa versão made in cocal de Maria Antonieta mandando que o povo coma brioches por falta de pão! 

Voltando ao tema, nas redes sociais não há dia em que não se mencione algum fato que não seja ligado à administração, pró ou contra. Pode ser uma ausência em reunião, desinteresse em concluir obra ou mesmo falta de tato para o cargo. E sempre há aqueles que reviram o passado para lembrar tempos de glória – pessoal, de quando tinha cargo comissionado, diga-se de passagem – que não se verá mais pelos próximos três anos e outro grupo a espalhar pelas quatro direções que “daqui pra frente, tudo vai ser diferente”. 

Aos que permanecem na indiferença resta assistir ao conflito de interesses, contrariados de um lado e acomodados de outro e esperar que dias melhores surjam.

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