terça-feira, 9 de abril de 2013

Vôo cego


Noite escura. Do topo de um morro fico a contemplar as luzes da cidade – alguns pontos dela totalmente às escuras, mas isso será abordado outro dia – e não há como não pensar no rápido crescimento da cidade. Luzes dos mais variados matizes: brancas, amarelas, algumas azuis e... mais uma espreitada pelo horizonte à procura de uma tonalidade diferente das demais... mas como não notei antes a falta das luzes vermelhas das torres, aquelas que devem sinalizar a presença de obstáculos a possíveis desavisados pilotos? Consternado, agora percebo que as torres instaladas em Esperantina não possuem sinalização por meio de lâmpadas vermelhas, pelo menos a maioria delas. É como se elas fossem eternamente vinculadas à Hora do Planeta. Por vezes a única luz visível na maior das torres locais é um pontinho verde, um laser daqueles vendido em qualquer banca de camelô e que dia sim dia não insiste em percorrer toda extensão da torre (sim, eu vejo).

Imagem: Banco de imagens internet.

Mesmo considerando que o tráfego aéreo por aqui não exceda a pequenas aeronaves de políticos e limitada ao período eleitoral e vez por outra um helicóptero de alguma força policial em busca de delinquentes/infratores é importante salientar que as empresas que detém direitos de exploração das torres desobedecem às determinações da ANAC e mais especificamente a PORTARIA Nº 1.141/GM5, DE 8 DE DEZEMBRO DE 1987, do Ministério da Aeronáutica. Desta forma, alguém está deixando de fazer seu trabalho direito, pois com certeza há pessoa remunerada para cuidar das construções. Nada de mais alarmante por aqui, onde as exceções é que são a regra.

Importante lembrar que mesmo com o baixo uso do espaço aéreo por aeronaves, quando alguma delas cruza o céu sobre a cidade, a falta de sinalização oferece perigo às aeronaves e aos moradores, notadamente no período noturno.

Não seria o caso de esperar acontecer algum acidente para se resolver instalar a competente sinalização nas torres, pois há toda uma legislação que rege sobre o assunto. Lembrando ainda que as torres servem às empresas de telecomunicações, que faturam horrores explorando este importante serviço e que deveriam, por respeito aos usuários e demais cidadãos, dar retorno em serviços, mesmo que simplesmente sinalizando suas torres.

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