quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Quando apontamos erros

Imagem: curitibapsicologa.wordpress.com


Acostumamo-nos com a ideia de que todo político é ladrão, corrupto. As causas dos males do país são frequentemente lembradas como oriundas dos péssimos exemplares de políticos que temos, alguns, que ajudamos a eleger.

É muito fácil e oportuno jogar a culpa de tudo nos outros, lembra a frase: errar é humano, culpar os outros é fundamental. Quase que não paramos para pensar que parte do 'mal' que nos atormenta inicia em nós mesmos, em pequenas ações que insistimos em manter.

Quando o noticiário divulga a descoberta de mais um escândalo de corrupção, seja ele promovido por qualquer que seja das correntes políticas existentes, não demora e se pode ver/ler nos mais diversos veículos de comunicação que o país está sem jeito, que a classe politica deveria ser exterminada e outras atrocidades. Nestas horas é comum pessoas dizerem que sentem nojo só em pronunciar a palavra político, como se ela por si só fosse culpada por todos os males. Se o político é ruim, alguem votou para que ele pudesse estar lá e fazer o que faz.

Do outro lado da moeda, deixamos de observar os pequenos delitos que o cidadão dito comum comete no dia-a-dia, como desobedecer as leis de trânsito; a gorjeta providencial que garante ligeira vantagem no atendimento; a cola na hora da prova; furar a fila do banco alegando pressa para algo que não existe e outros tantos pequenos atos de desonestidade que se avolumam num crescendo sem fim durante nossa existência. Não seria isto também demonstração de que a malfazeja corrupção não é inerente à carreira política, mas um mal a ser combatido no dia-a-dia por todos?

A diferença entre o que fazemos e o que desejamos que os outros façam é só uma questão de educação e atenção às regras básicas de convivência. Simples assim. O resto não passa de hipocrisia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!