Um bom lugar para se conhecer os
hábitos, cultura e personalidades de uma cidade é no mercado público, presente
em toda cidade, por menor que seja. É lá que se encontram a maioria dos
moradores em determinado momento do dia e aqui em Esperantina não é diferente,
pois além de compras, a conversa fica em dia, reafirmam-se amizades, enfim seria
o local ideal para se comprar também artesanatos, entre outras bugigangas, se bem que
para vender anel de tucum e pano de prato qualquer lugar serve mesmo.
Pois bem. Perambulando pelo
mercado público, desviando das bancas, água servida malcheirosa, bêbados,
desocupados e semelhantes, vi a cena que teima em não sair da mente: dois
banheiros químicos instalados nas imediações do mercado. O que há de anormal?
Nada. Ou melhor, quase nada, se os ditos não estivessem instalados ao lado dos
banheiros “tradicionais”, construídos a duras penas e à custa de uma árvore,
alguns anos passados, fato bem conhecido pelos que aqui moram, quando foi
armado um circo em torno do tema.
Penso novamente na cena e não
consigo entendê-la. Quem seria o proprietário dos objetos e porque alguém teve
a auspiciosa idéia de instalá-los lado a lado se já havia deles na área? Imagino
que os ditos tenham sido depredados e a imundície tomado conta das instalações,
mas o óbvio, ululante, seria limpar e disponibilizá-los para uso de quem quer
que seja. Porque os banheiros tradicionais estão trancados a cadeado? Se bem me
lembro os antigos diziam que tesouros
eram guardados a sete chaves, mas o que dizer quando se tranca m@#$%?
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