A cidade de Esperantina hoje vive
um período que seria bem adequado chamar de guerra fria. À semelhança do período
pós-guerras mundiais, quando o mundo ficou polarizado entre duas potencias econômicas,
nossa cidade hoje – resguardadas as devidas proporções, claro – também vive a sua guerra
fria, versão cocais, com forças antagônicas se medindo à distância.
Quase que diariamente temos
acesso a informações sobre quedas, tropeços e pequenas vitórias de ambos os
lados, enquanto a maior parte da população assiste a tudo, quase sem entender o
porquê da digladiação entre partes, se o bem-comum seria o objetivo geral a ser
atingido.
Agora aqui como antes lá, vislumbram-se
pequenos satélites a observar com redobrado interesse a guerra surda dos
bastidores, à espera do momento certo para também se lançar no cenário. A contenda
levada a termo por aqui também tem seus lances espetaculares, ações de quinta
coluna e está na ordem do dia, seja no mais recôndito cantinho da sala mais
escura ou na mesa do bar da esquina.
Se aqui não temos o muro de Berlim,
cuja queda simbolizou o fim – aparente – da guerra fria, o marco final será a
publicação do resultado final de um processo findo na mais alta corte eleitoral
do país. Ou não. E as demandas da cidade? Que aguardem.
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