segunda-feira, 9 de abril de 2012

Após a tormenta


Passada a euforia da semana gastronômica a cidade volta ao ritmo normal devagar quase parando, mas um olhar sobre alguns fatos do feriadão é necessário.

Inicialmente um cidadão ainda não identificado fez a caridade de aporrinhar ainda mais o sossego com um helicóptero na sexta-feira. Tudo bem que cada um se desloca da maneira como pode ou acha que pode, mas fazer rasantes com o helicóptero sobre as residências foi além da conta, sem contar que a última vez foi após o rango, momento em que estamos em alfa, já próximo da hibernação e o cidadão lá, importunando o sono alheio.

Os menos afortunados também fizeram sua parte na perturbação do sossego, guiando velozmente seus bólidos barulhentos pelas vielas, espalhando adrede lama e música ou música lama.

O pior foi transformarem o passeio central da avenida-rio em estacionamento, onde mais uma vez privatizaram um espaço público e necas de aparecer alguém para botar os pingos nos is. As pessoas que vem de outras cidades - não todas - muitas vezes apresentam péssimos comportamentos ao volante, certos deles justificam o ato por estarem “no interior”, outros apenas se guiam pelos hábitos locais, pois vêem os motoristas daqui fazendo todo tipo de barbaridade no trânsito e logo pensam: se os daqui fazem isto, porque eu também não poderia?

Imagem: vamoscorrendo.wordpress.com

Somadas estas atitudes dos nativos e visitantes à imprevisão de quem deveria se organizar por direito, o feriadão do mês de abril se torna um tormento todos os anos para os que não participam das festas que caracterizam o período, que seria religioso.

E tenho dito.

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