O melhor do brasil é o brasileiro. Isso já foi dito à
exaustão. E o melhor do ano?
O melhor do ano é justamente o
final do ano. E não fica somente por conta do 13º e recesso. O melhor só fica
mesmo é para o final, quando a assombração personificada pelo festejado
espírito natalino percorre lares e demais edificações a contagiar as pessoas.
Em dezembro, já nos estertores do
ano a plebe lembra ou é lembrada a partilhar com os seus, dividir alegria e
presentes com aqueles que lhes são próximos ou ainda, dominadas pelo espírito temporão se
entregam à árdua tarefa de ajudar os que mais necessitam, como se no restante do
ano a ajuda não fosse bem vinda, mas deixa prá lá. É natal e fim de ano, uhuuu...
É sempre assim. Iniciam o ano
entregues à esperança de se dar bem e participar do maior número possível de
festividades, passam a semana dedicada à gastronomia de esfalfando de comida,
planejam férias no meio do ano e ficam aguardando os festejos de setembro. Passados
estes ficam na expectativa das festas do final do ano. É tome bondade então. Armam-se
com a melhor cara de bobo que conseguem e passam a planejar boas ações. Vêem à
lembrança as pessoas carentes, aquelas... desprovidas de condições mínimas para
a sobrevivência mas que só ganham visibilidade agora ou durante as campanhas eleitorais. Ho,
ho, ho, hoooo... presentes para enganar a fome e as vicissitudes da vida, porque não?
Tem também o espetáculo das
luzes. Ah, as luzinhas dos pisca-piscas. Natal sem pisca-pisca não é natal, diz
o samaritano de fim de ano. Como não lembrar das luzes? Um verdadeiro
espetáculo em nossa cidade. Ruas, avenidas, árvores, varandas... não importa o
lugar, o importante é mostrar aos outros que o natal é um período lindo,
mágico, onde se respira felicidade e encanto. Aahhh... Nababescas estruturas
montadas para incomodar encantar os olhos nos remetem aos cenários montados em
outras cidades do restante do país, as mais desenvolvidas, claro. É mesmo que não
estar vendo. A quem já se deu ao trabalho de andar pela cidade conferindo a
decoração: não parece que estamos em outro mundo? Horrores gastos em estupendas
decorações emocionam ao mais rude dos seres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!