sexta-feira, 9 de março de 2007

As águas vão rolar...

Não é o que parece e alguém deve ter pensado. O título da postagem não se refere a antiga marchinha de carnaval e sim ao mais recente temporal que desabou sobre Esperantina, que trouxe à baila um assunto tão antigo quanto polêmico: a falta de estrutura para escoamento das águas, medida básica de saneamento e motivo de acaloradas discussões nos períodos pré-eleitorais. Por que ainda convivemos com isso?
Por anos a fio, assistimos a um festival de promessas quanto à construção de galerias de esgotos na principal avenida da cidade, alardeadas como se fosse a oitava maravilha do mundo, principalmente quando se aproximavam as eleições. Já vieram vistos técnicos que fizeram medições e preparativos para, segundo eles “construção das galerias de esgotos”, sempre a mando de algum interessado em um punhado de votos.
Todos sabemos (e sentimos bem as conseqüências) que a avenida Ministro Petrônio Portela passou por uma reestruturação, visando amenizar os problemas diretamente ligados ao período chuvoso, porém, tudo o que conseguimos foi a retirada do restante do capeamento asfáltico, poeira infernal por incontáveis dias, transtornos no trânsito já caótico e a reorganização das pedras de calçamento. E o que aconteceu depois da grande transformação da avenida? Surpresa: continua a mesma m***, pois o que vimos ontem foi sua súbita mutação de avenida em um grande e caudaloso rio de águas sujas. Mas tem o lado bom: com a ótima iluminação da avenida, durante a noite conseguimos ver melhor os buracos e a extensão dos estragos que uma chuva causa.
O que podemos fazer antes que a próxima chuva repita o mesmo triste espetáculo? Aumentar a altura das calçadas? Procurar uma árvore bem alta? Comprar um bote e colete salva-vidas?
Aguardamos providências enérgicas, mais trabalho e menos conversa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!