quarta-feira, 15 de maio de 2013

À espera de um milagre

Imagem: Arquivo do Blog.


O trânsito em Esperantina tem a incrível capacidade de piorar a cada dia, seja pelo aumento de veículos nas ruas, seja pela imprudência dos motoristas.

A experiência de andar pelas ruas estreitas e enlameadas da cidade merece um filme, tipo trash, para ser mostrado nas eternas campanhas de educação no trânsito, em voga sempre que se aperta a fiscalização.

Os condutores e seus bólidos desafiam todas as leis possíveis, até mesmo as da física, desde que cheguem aos seus destinos no menor espaço de tempo possível para fazer absolutamente nada. Não há dia em que não se forme congestionamento em frente a um grande supermercado da cidade e se repita a zorra: um veículo manobra para estacionar e os enfurecidos e atrasados condutores que não podem esperar um minuto sequer, apertam as buzinas como se esta fosse a unica esperança de vida, o fio que os prende à vida e assim atormentam o restante das pessoas que nada tem a ver com o ocorrido.

E basta que um congestionamento de forme, em qualquer lugar da cidade para que os educados condutores resolvam tomar posse de calçadas sem o menor pudor. Fazem delas suas pistas, não importando quem transite por elas ou o que mais tenha como obstáculo. É preciso chegar rápido em casa para não fazer nada.

Para piorar a cena dantesca, os comerciantes locais – aqueles que alegam não ter como pagar as taxas veiculares – resolvem também dar sua parcela de contribuição ao cenário, tornando as calçadas uma extensão das gôndolas de seus comércios, sem que nada nem ninguem aja para impedir isso. Voto é bicho complicado, diz o entendido!

E o que fazer para melhorar o trânsito sem as blitzes é o que muitos perguntam, uma vez que as ditas foram abolidas a pedido que, diga-se de passagem, foi fielmente cumprido. Esperar que somente campanhas educativas resolvam o caso é uma parvoice das grandes.

Enquanto seu lobo não vem, ficamos – pedestres, ciclistas e mesmo outros condutores – à mercê dos maus condutores de que dispomos. Cena normal é ver cidadão que “faz linha” para zona rural ou mesmo outro município parar onde bem entender; usar a buzina do bólido como se fosse o último presente ganho no dia das crianças; atrapalhar o trânsito ao dirigir lentamente enquanto procura passageiros; Outros condutores simplesmente resolvem conversar com quem quer que seja no meio da rua e ainda temos os carros de propaganda voltante, que merecem postagem à parte.

Até quando isso continuará na rotina do município não se pode saber, afinal, a maioria quer que tudo continue da mesmíssima forma, sem leis constrangedoras para regular, sem taxas absurdas para pagar. Até quando?

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