sexta-feira, 25 de março de 2011

Enquanto isso, em uma cidade muito, muito distante...



...Mais um pingüim de geladeira conselho foi criado para “tá discutindo” a reinvenção da roda, no caso, o combate às drogas. Enquanto se criam e reúnem miríades de conselhos, os problemas se acumulam, pois palavras o vento leva, já disse alguém.

O debate ou a batalha se expande aos mais diversos setores de convivência: na escola, no trabalho, no templo religioso, na prática esportiva e deve ser efetuado de forma individual ou coletiva, mas nada de ficar esperando os caraminguás do governo. Porque alguém usa drogas? Os motivos alegados são os mais diversos, como a facilidade da oferta; a aceitação em determinado grupo; o prazer de ser reconhecido como “o cara”, aquele que está sempre “curtindo”, “pegando”; problemas emocionais e outros dramas.

O combate às drogas é importante, até creio que ao tema ainda não é dada a devida atenção. Mas um dos problemas dessa cruzada de combate ao uso/venda de drogas é que em grande parte só se leva em conta a repressão ao fornecedor (cadeia), em detrimento do usuário (meia hora de blá-blá-blá). Ora bolas, ninguém em são juízo se dispõe a vender algo que não “tenha saída”, que não seja comercialmente rentável. Traduzindo: só há vendedores porque existem compradores. Lógica de mercado. Precisa desenhar?

Como não estou a par de detalhes, questiono sobre o que farão com os já viciados? A situação calamitosa por aqui já mostra a necessidade de implantar uma clínica para tratamento, mas parece ser mais legal ocupar espaços com discursos. Na falta de alternativa, a força policial tentar conter um mal maior, mas é uma batalha injusta, como combater a hidra de sete cabeças, corta-se uma, ficam as outras, que se regeneram.

Antes que me esqueça, por caridade, sem nota de repúdio desta vez.

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