quinta-feira, 30 de junho de 2016

Um passo à frente, dois para trás

Ao largo do majestoso período de inaugurações o processo de favelização da cidade prossegue a todo vapor. Não demora e até as barracas invasoras serão pintadas de resplandecente cal. A pá de cal vem depois.
Imagem cedida. Fotógrafo: Danilo Marques.

Na foto se vê barracas (já retiradas) em pleno passeio da principal avenida da cidade, em claro exemplo de desprezo pelo natimorto Código de Posturas do município. Sim, ele existe. Abandonado e relegado ao fundo mais escuro de uma gaveta qualquer.

A turma do contracheque fica estarrecida ao ser indagada sobre a imoralidade que representa tal desrespeito. Quem se atreve a questionar a favelização lenta e gradual da cidade é taxado de opositor, revoltado e uma miríade de outros impropérios, típicos de borra botas a soldo. Uma cidade que não respeita as próprias leis não tem muito o que oferecer e nem cobrar de seus cidadãos.

O centro da cidade apresenta ruas onde os comerciantes se apropriaram das calçadas, fazendo destas uma extensão de suas gondolas, usam-nas ainda como estacionamento e depósito de materiais diversos. Tudo isso exposto aos olhos relapsos de quem deveria zelar pelo bom funcionamento das normas de urbanidade. A praça principal foi loteada para bem atender comerciantes, que enfeiam o local com seus estabelecimentos instalados de qualquer forma, prejudicando a já nauseabunda estética urbana disponível. Que venham as promessas de mudanças.


E tenho dito!

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Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!