segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Aguardando providências...como sempre.

A saga de Esperantina em busca de soluções para seus problemas é antiga e remonta ao início da ocupação das terras para criação de gado. As ruas estreitas originalmente aptas para servir de trilhas para cavalos, hoje são um tormento para quem se aventura por elas. O descuido de sucessivas administrações só perpetuou o problema.

Diariamente é possível presenciar barbaridades cometidas por motoristas irresponsáveis, que se movimentam pelas ruas cometendo toda sorte de delitos ao arrepio da lei. Como não há fiscalização, a maioria não se vê obrigada a cumprir normas mínimas de segurança no trânsito. Motoristas que fazem transporte intermunicipal ou mesmo local param onde bem entender; param no meio da rua para esperar clientes, trancando cruzamentos; andam pela contramão; sobem calçadas; carros de propaganda volante ajudam a enlouquecer com seus barulhos ensurdecedores e quem quiser que aguarde eles desocuparem a via; comerciantes fazem das calçadas extensão das prateleiras de mercadorias, obrigando pedestres a se aventurar nas ruas, entre buracos, lama e loucos ao volante; donos de imóveis se acham no dever de também contribuir cobrindo as calçadas e parte das ruas com material de construção, sem que a secretaria correspondente se manifeste... enfim, essas são banalidades do dia a dia de um esperantinense.
Imagem: Arquivo do blog.


Legislação sobre o assunto não falta, inclusive lei municipal que cria departamento de trânsito  que supostamente deveria agir.... mas a falta de empenho dos poderes executivo e legislativo nos quer fazer crer que estamos no pais das maravilhas, embora saibamos que a situação aqui esteja mais para o inferno de Dante.

De lado a lado sobram desculpas e faltam inciativas que venham a amenizar a caótica situação do trânsito em Esperantina. Sempre que alguém lembra em realizar blitz na cidade a turma do deixa pra lá aparece para dizer que os coitadinhos não vem da zona rural por medo de terem seus veículos apreendidos; que estes mesmos veículos servem para escoar a produção; que o dinheiro não dá para pagar as altas taxas do detran, etc e tal. Mas nenhum deles lembra que ninguém é obrigado a possuir um veículo, que quando se adquire um, com ele vem uma série de obrigações e cuidados, que é necessário ter habilitação, pagar taxas e uma enorme gama de outros detalhes.

Por aqui a turma não quer saber de blitz, pois significa perca de votos, os preciosos votos para a eleição que se aproxima. E ainda tem os ingênuos que se lamentam nas redes sociais e esquinas de que os carros não são vistoriados nas blitz, somente as motos, que não entendem isso. Os insolentes não se atentam ao fato de que nunca se viu por estas terras carros levantar os pneus dianteiros e sair atormentando os transeuntes, que a maioria dos acidentes ocorrem com motos, seja por imperícia, imprudência ou simplesmente pela imbecilidade. Enquanto isso vemos aumentar exponencialmente as cruzes nas estradas e ruelas, com a lembrar a todos que algo está errado.

Enfim, estamos à espera de que um dia, quem sabe, surja o grande timoneiro que se lembre de pôr ordem nesta zorra e que não se limite a fazer pedidos de instalação de quebra-molas ou audiências públicas e esperar o resultado cair do céu, como se apenas isso fosse o suficiente.

E tenho dito!

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