quarta-feira, 11 de março de 2009

Coisas de polititica

Depois de um agitado final de ano, quando a cidade teve mais administradores que urubu nas ruas, voltamos à pasmaceira de sempre. Direto ao ponto: os servidores municipais tiveram 11% de seus salários deduzidos para pagar a infame e falida EsperantinaPrev e nem sequer se amotinaram. Até ai, tudo bem – ou quase.

Quando falo que nenhuma pessoa ousa mais se rebelar contra a atual administração, ninguém dá atenção. Mas o fato é que não ouvi um único discurso contra este fato. Por quê? De repente todos perderam as línguas? Tudo fica na base da fofoca nos intervalos do trabalho.

O que não consigo entender até agora é porque ninguém se manifestou contra tal rapinagem cobrança, uma vez que o valor correto é 8%, valor que já era cobrado na administração passada. Não aceitarei isto. Vou comprar uma centena de apitos, farei um apitaço pelas ruas e incomodarei os que querem trabalhar de cabeça baixa, aqueles que sempre dizem amem. Vou procurar conspiradores aliados.

Esperei que os muito bem pagos edis – bastava um só – se pronunciasse contra. Nada. Ninguém quer contrariar o dito. Pelo jeito, ficaram com medinho de perder as indicações para aqueles cargos tapa-buraco.

Algum radialista tocou no assunto? Necas. E se o fez foi para lembrar que agora sim, o dinheiro é depositado corretamente.

O sindicato da classe se pronunciou? Como? Não sabia disso? Ah, tá bom. Deixa pra lá.

E a turma do conselho da previdência? Como? Ainda não foi oficializada a nova composição dos conselhos? Diga-se de passagem, esta pode ser até uma boa notícia, pois livra os indicados de participar de reuniões chatas, que não levam a nada, apenas dão a impressão de que os membros têm alguma importância e que não serviriam apenas para assinar os balancetes mensais.

Deixa ver... aquele blog psitacídeo tocou no assunto? Não? Ah, ninguém o pagou avisou para isso.
Estou ficando sem alternativas...

Ah, a oposição. Claro. Peraí, isso existe? Se existe, deve ser igual aos ovni’s: ninguém consegue ver, tampouco provar sua materialidade.

Deveria solicitar a criação de um fórum para debater o assunto? Não. Basta as centenas já realizados. Nem quero mais ouvir falar.

Vou recolher as armas, não serei o D. Quixote a lutar sozinho em busca de um ideal.

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