terça-feira, 5 de agosto de 2008

Progresso? Onde?

Ultimamente tenho me dedicado a escarafunchar o cenário eleitoral e me considero abismado com o tema do momento: o tal progresso em Esperantina. Já ouvi que estamos em pleno período de desenvolvimento. Ouvi também que o progresso voltará e outras bobagens, bastando para isso que nos conscientizemos (seja lá o que entendam pela palavra). Mas... o que é esse tal progresso? Não o conheço, não o vejo. O que é isso? Se já chegou, onde ele está? Numa rua calçada? Nas mídias que despejam abobrinhas e utopias? Ou se esconde atrás de elefantes brancos estrategicamente dispostos pela cidade?

Enquanto um grupo resiste com unhas e dentes na defesa de que estamos a bordo de um trem bala que nos conduzirá ao nirvana do desenvolvimento, outros afirmam que a redenção somente acontecerá em futuro próximo, tais quais messias insanos a prever as maravilhas do paraíso, somente acessível após o devido juízo final, no caso, as eleições. Embevecidos, rodeiam seus ídolos como os pirilampos em volta das lâmpadas maravilhosas, de luzes alucinantes e, mesmo sabendo que isso fatalmente os prejudicará/matará, entregam-se com avidez ao prazer momentâneo e indizível.

Vendo tais indivíduos a desenrolar planos mirabolantes e salvacionistas, fico ligeiramente emocionado com estes talentos locais. Se os tais se dedicassem à literatura de cordel ou ficção científica, teríamos alguns dos maiores escritores de Best-sellers do Brasil. Quantas mentes brilhantes, quanto talento perdido neste rincão.

Neste momento de súbito arrebatamento, o disfarçado e distante “orgulho danado de ser esperantinense” deve ser interpretado como um sentimento sádico ou altruísta?

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