domingo, 24 de fevereiro de 2019

Retalhos do cotidiano

Imagem: Arquivo do Blog.


Eis que chega o final de semana, depois de uma semana de trabalho, hora de planejar, executar pequenas tarefas deixadas para depois ou simplesmente, descansar.

A vida segue rotineiramente, ou seguia, até que um empresário “de visão” resolve estabelecer seu ponto comercial nas proximidades. Seria apenas mais um entre dezenas, não fosse a peculiaridade de que o dito estenda o serviço até o domingo e, não satisfeito, contrata um, digamos, publicitário, para narrar em alto e bom som, durante toda a manhã de domingo em horários que variam de 6:30 ou 7:00 até as 12:00 horas, as ofertas do dia.

E tome propaganda, e tome falar com os transeuntes como se estivesse em casa. O tempo passa, mas a agonia permanece. Os clientes compareçam ou não, lá está aos domingos o comercio aberto e importunando a vizinhança, sem que ninguém reclame. Talvez não se saiba a quem reclamar, se a uma discreta e semioculta secretaria de papel ou à atarefada segurança pública.

O fato é que os antes bucólicos finais de semana se tornaram uma aporrinhação aos ouvidos. Se durante a semana não há locutor de hortifrutas a ofertar seus dotes, este dá o ar da graça no domingo, dia reservado especialmente ao descanso e lazer, hoje postergado às calendas gregas.

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