segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Tudo normal nestes quadrantes

Imagem: https://minilua.com
Baixada a poeira das eleições, de tristes memórias, a cidade volta à rotina entediante. Veículos na contramão, mercadorias nas calçadas, não uso do capacete, ausência de fiscalização no trânsito, enfim, tudo está igual como era antes, para o gáudio da geral.

Durante todo o período eleitoral procurei alguém que citasse algum dos problemas citados anteriormente em suas manjadas “se eu for eleito(a), farei...”. Mas isso é esperar demais daqueles que se propõem a tomar as rédeas políticas do município, em qualquer setor.

Ao contrário do esperado, sai na frente quem promete mais ilusões, por mais estapafúrdias que sejam. Falas mais lúcidas que se apresentem são sufocadas pelas popularescas promessas de mais educação, saúde, como se tudo se resumisse a isso e fosse dever exclusivo do município e ainda fornecessem resultados a curto prazo.

Voltando ao tema trânsito, aqui ganha quem promete menos. Capacetes? Blitz? Isso não traz votos. Só serve para separar os maus dos popularescos. Esquecem os néscios que a violência que hoje assombra parte da população deriva dessas “liberdades”, tristemente defendidas pela maioria dos postulantes a cargos eletivos. Maior controle dos veículos não poderia ser encarado como algo ruim. Se grande parte da população hoje pode adquirir veículos, também pode mantê-los em dia com os impostos. A desculpa esfarrapada de que não o fazem porque as taxas são caras é apenas parte do discurso de eternos coitadinhos. Enquanto isso o trânsito segue matando, crimes acontecendo porque não há interesse em fiscalizar. Delegar apenas às forças policiais essa tarefa hercúlea é minimizar o problema.

As prosaicas blitzen reduziriam em muito a incidência de assaltos corriqueiros como aos postos de combustíveis e pequenos estabelecimentos, assaltos nas estradas, alguns deles seguidos de mortes, como aquele que vitimou dois cidadãos há poucos dias, mas tudo isso é deixado de lado em nome da boa convivência com todos, da vitimização dos oprimidos pelo sistema e todo um discurso já embolorado pelo tempo. E ainda dizem que vivemos há pouco a festa da democracia. Qual, cara-pálida?

E tenho dito!

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