sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Esperantina S/A – parte 2

Após breve intervalo é hora de andar por outras paragens e nada melhor que andar pelo que seria o centro histórico da cidade, local onde foram edificadas as primeiras casas: na praça da matriz.

À primeira vista de quem se aventura pela rua que separa a praça da escola mais antiga da cidade é possível notar à esquerda a praça e logo à direita o local que foi pomposa ou jocosamente apelidado de Espaço Cultural. Melhor dizendo, se faz necessário um pouco mais de esforço para encontrar o tal EC, como mostrado nas fotos.
Imagem: Arquivos do Blog.

Imagem: Arquivos do Blog.

A tolerância de sempre mostrando seus efeitos de sempre. A cidade se encaminha a passos largos para a favelização. Em algum momento da história local alguém resolveu que, se afrouxasse as rédeas na condução da cidade, seu destino seria sempre rumo ao sucesso, nas urnas, principalmente. A ineficácia na aplicação das leis municipais, no caso, o Código de Posturas do Município de Esperantina (Sim, ele existe!) é apenas mais uma das múltiplas facetas de nossa realidade.

Soberbamente ignorado por anos a fio por quem deveria fazê-lo, o Código de Posturas é mais uma lei “pra inglês ver”, para não dizer/escrever outra coisa mais popular. Aquela velha e idiota ideia de “não mexer no que está quieto”, além de demonstrar a inapetência laboral administrativa, presenteia aos moradores com cenas tristes como as vistas logo acima, onde a área que seria de livre trânsito foi ocupada nas margens por barracas e no período noturno ou em dias festivos ainda conta com as mesas e cadeiras para completar o insólito quadro.

Se – hipoteticamente falando – tal atividade nas barracas gera impostos para o município, eles compensariam o tormento que representam aos transeuntes no local? E o que dizer do aspecto de favela logo no – cof, cof – principal centro da cidade, como diz Aquele imparcial? Temos uma secretaria que cuida deste tema? O que fazem além de receber seus merecidos salários? Porque não atuam com seria de se esperar? A quem devem prestar contas de seus atos?

Silêncio também é resposta, já ouvi dizer.

E tenho dito!

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