segunda-feira, 10 de setembro de 2012

No meio do caminho tinha um poste...


... tinha um poste no meio do caminho. Pode até soar leve como mais uma versão do poema de Drummond, mas na verdade não é. Esta é mais uma pérola do projeto urbanístico de Esperantina, que se supera a cada dia.

Já temos rua traumatizada, estádio de papel, mercadoCad, entre outras excentricidades. Mas o que fizeram nesta que ora abordo é incrível: um poste fincado bem no meio de uma rua, no prolongamento da avenida Bernardo Bezerra.
Imagem: Arquivo do blog.

Pensativo, imagino o dia em que um cidadão - depois de mais uma noitada de bebidas e etc - necessite transitar por aquela rua e, supremo delírio, ao ver aquele poste plantado bem no meio da rua pensa: devo estar vendo coisas, aquilo ali não é um poste, eu é que bebi demais e acelera - crash – pow – e lá se vai, mais uma vítima para o 193, com os cumprimentos do grande arquiteto.

Pelo menos agora sabemos que a cidade se tornará conhecida nacionalmente, pois com certeza concorrerá ao Prêmio Nacional de Arquitetura e Urbanismo, tal a grandiosidade da obra e o impacto positivo na auto estima dos nativos. Até vejo o aumento do turismo local, pois se a Torre de Pisa, que é inclinada e corre risco iminente de desabar e ainda assim atrai turistas do mundo inteiro, que dirá nossa rua (já me apropriei). Só me arriscaria a sugerir a construção de um arco do triunfo nas proximidades.

Em terra de cego, quem tem um olho... é caolho! Por que, tá duvidando?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!