segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A imprensa "amiga"

O aparelhamento da mídia nos priva de informações importantes sobre nosso município. Por falta de opção, somos obrigados a testemunhar a repetição das mesmas idéias – ou a semelhança entre elas – nos portais da mídia local. É uma triste constatação esta, tendo em vista que tal situação serve tão somente para manter os alienados sempre por perto, como os pirilampos que são atraídos para a morte pela luz inebriante. Bobagens partidárias são postadas como se fossem grandes acontecimentos, algo que mudaria o mundo, quando na verdade tudo não passa da velha e suja politicagem. Outros fatos que deveriam merecer destaque são simplesmente “esquecidos”, “abafados”, menosprezados pelos senhores da informação. E chamam isso de atuação imparcial.
Quando governos tentam mascarar a verdade são taxados de ditadores pela mídia. E quando ocorre o contrário? Parece haver um “pacto” pelo silêncio.
Qual a importância em manter representantes locais nos canais informativos se estes não apresentam todos os fatos, se continuamos a depender dos profissionais das terras distantes? Depois vêm os xenófobos de plantão e acusam-nos de valorizar as pessoas “de fora”, mas... o que fazem os nativos? Recolhem-se silenciosos, tornam-se apáticos. De repente, transfiguram-se de tagarelas alienados a surdos-mudos, ensimesmados em vãos pensamentos medíocres.
Onde está a combatividade da imprensa marrom local? Será que foi vitimada pelos discursos ocos e enfadonhos dos “comentaristas”? A comunicação local é feita com uma mistura de ego, populismo e/ou subserviência aos “patrões”, em maior ou menor escala, configurando um cenário no mínimo patético aos olhares mais apurados.
Atualmente vivemos cercados por inúmeros canais de informações, nem todos, porém, confiáveis. De que adianta ter TV digital se os programas são chatos ao extremo? De que adiantou a popularização das rádios ditas comunitárias, se afinal elas apontam para um mesmo objetivo, o direcionamento político? É preciso repensar o modo de ser imprensa por aqui. Precisamos de informações, não de alienação.

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