quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Devaneios

Imagem: www.velhosabio.com.br

Um novo ano se aproximando e você ai, cheio de esperanças, como no ano passado, ano retrasado...já deu pra perceber que, independente do que espera acontecer, a vida segue seu traçado único, sem ser alterada por pedidos e superstições tolas.

Chega a ser patético vermos na TV as pessoas com os mesmos pedidos de todos os anos, invariavelmente, suplicando sorte, emprego novo, paz no mundo (!!) e outros devaneios.

Melhor fariam se dedicassem esse tempo em busca de realizar os pedidos através da dedicação aos estudos, mais esforços para economizar e não passar o ano no arrocho financeiro e mais uma miríade de outros anseios que seriam possivelmente realizáveis pelo esforço e não pelo apego a superstições que só acomodam e os expõem ao ridículo.

Pense bem antes de pular as tais sete ondas, guardar sementes de romã na carteira ou escolher a “roupa da virada” com uma cor que atraia benefício específico. Nada substitui o esforço próprio.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Ano novo, velhas idéias

Imagem: http://blogs.portalnoar.com

Final de ano, época de renovar esperanças em dias melhores, oportunidades e tudo mais que seja melhor para o ano que se aproxima.

O problema é que todos anos foram assim e o que temos é resultado de nossos esforços. Em sentido mais amplo, preocupamo-nos com a vida em sociedade, especificamente com o desenvolvimento da cidade em que vivemos. Se não no final do ano, a cada eleição repetimos o mantra: queremos o melhor para a cidade, não importa quem seja.

Entra ano, sai ano e não vemos significativas melhorias na cidade, pelo contrário: assistimos a um lento processo de degradação do pouco que já foi conquistado. Rapidamente lembrando a cidade apresenta sérios problemas estruturais, o trânsito só piora a cada dia por falta de intervenção pública no gerenciamento, por recorrente medo da perda de votos.

Um problema que cresce a cada dia é a transformação da principal avenida da cidade, iniciado por uma reforma meia sola, onde foram construídos pontos comerciais no passeio da avenida. Aos poucos o conceito que deu origem a tais construções foi deturpado, passando de pontos para venda de artesanato a cidade passou a contar com bares no local, prejudicando a estética urbana, o trânsito e atualmente emprestando um cenário de camelódromo ao local, e, como ninguém tomou inciativa para reverter tal situação, a mesma piora a cada dia, caminhando a passos largos para um processo de favelização do meio urbano de uma cidade que aspira um dia ser polo turístico.

No melhor estilo colar-colou os permissionários passaram a construir anexos nas já inapropriadas casinhas. Quem já não observou as áreas cobertas na maioria das casinhas? E se ninguém fez nada até o momento, nada farão no porvir.

Ventos alvissareiros iniciaram a soprar quando o poder público solicitou a retirada de veículo estacionado há anos em local impróprio, por problemas com a justiça. Mas ficou nisso. Soou até meio cômico falar que o veículo atrapalha o trânsito e as casas no canteiro central da avenida possam continuar a importunar a vida de pedestres e outros cidadãos que se indignam com tal descaso.

Que venha o ano novo!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

De volta à escrita falha

De volta às postagens, após quase interminável período no limbo.

A natureza humana pode ser bastante surpreendente, mesmo quando se acha já ter passado por muitas situações.

A cada tombo, um aprendizado e mais alguém que fica pelo caminho.

No momento é  isso. Mas a luta continua e as postagens fluirão, rápidas e rasteiras, para sacudir a poeira da mesmice e unanimidade em que se transformou a - cof, cof - imprensa local.

Que rufem os tambores!

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Vida que segue

Findo mais um período eleitoral é chegada a hora de voltarmos à doce(?) rotina da vida. Conforme o que se viu no resultado, tudo está bem, como em um conto de fadas. Aliás, a cada dia nos tornamos mais personagens-atores de uma figuração.

Lambidas as feridas é hora de partir pra luta e vivenciar o mundo cor de rosa prometido às custas do erário.

E tenho dito!

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O que comemorar no aniversário da cidade

Ao largo da maioria, prefiro lembrar o que não é mencionado nas homenagens, como a falta de estrutura urbana, falta de projetos ambientais, de projetos que visem melhorar a vida dos cidadãos e não de grupos oportunistas. Falta-nos um projeto de longo prazo, com amplas oportunidades e visão.

Imagem:  laorquesta.mx

O que nos falta é motivo para comemorar. Apesar das propagandas em que são alardeadas as belezas da cidade, da alegria de quem vive aqui, vivemos em um grotão abandonado, distante da realidade, onde os espaços públicos são privatizados por bel prazer, os serviços públicos loteados e pouco ou nada se faz a não ser tomar partido desse ou daquele messias indeciso à espera de benesses passageiras, como um emprego ou DAS sanguessuga.

É preciso ousar para extinguir a apatia que se abateu sobre a cidade. Já chega de assistir a tudo com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar!

Eis a questão: faltar pensar grande!

sábado, 30 de agosto de 2014

Vale a pena ver de novo. Ou não!

Novamente a cidade se vê às voltas com mais um round da intensa luta travada pelo direito de ocupar a direção executiva do município.

Tanto já foi feito, tanto já vimos, que mais este capítulo apenas nos faz tecer comentários indiferentes à importância da matéria.

A que resultado chegaremos ainda é uma grande incógnita, mas os prejuízos ao município são evidentes à medida que o tempo passa e expressivo esforço que se poderia fazer para melhorar a vida dos concidadãos na verdade é canalizado para a defesa judicial.

Enquanto isso, a cidade experimenta toda sorte de malefícios, como falta de obras de urbanização dos bairros mais distantes do centro, serviço de coleta de lixo irregular, trânsito louco e assassino e mais uma lista quase interminável de reclamações.

E para complicar ainda mais a vida do cidadão, temos as propagandas político-partidárias nos carros volantes, rádio, Tv e apertos de mãos nos eventos públicos.

Os Maias estavam certos, só erraram a data para o fim do mundo!

sábado, 12 de julho de 2014

Acabou

Imagem: Arquivo do Blog.

Finda a copa do mundo, a copa das copas, taca das tacas e o resultado não poderia ser pior para o país do futebol, com duas derrotas seguidas, em situações pra lá de vexatórias.

A lição que fica pra quem quiser entender é que precisamos de mais futebol e menos estrelismo, menos marketing, menos endeusamento de jogadores em detrimento do restante da seleção.

Ficou no rastro da história aquelas seleções de copas anteriores, que mesmo perdendo, o fazia com mais empenho e garra. A questão não é perder, pois faz parte do esporte. O que mais chateia é que moramos no país que se orgulha de ser o do futebol e, no entanto não, foi capaz de apresentar uma seleção convincente no quesito futebol.

Nesta copa, em segundo plano ficava o futebol, ofuscado pelos questionamentos da massa, que enlouquecia a cada imagem – e não passava disso – dos jogadores canarinhos. Em detrimento da técnica, se ligavam mais na bunda do hulk; a dúvida antes do jogo não era a escalação, mas qual seria o penteado do frango neymar; Será que ele vai mostrar a cueca hoje? Qual será a marca? Qual será a coreografia pra comemorar os gols? Quem será homenageado? Essas e outras baboseiras mais.


Agora só mesmo 2018 para desfazer, se é que isso será possível, o fiasco de 2014. E que não tentem novamente politizar o futebol para ganhar simpatia de eleitores.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Lua de mel

Desde que foram iniciadas as "obras" de asfaltamento da cidade, com suas paralisações, visitas e declarações pomposas à - cof, cof - imprensa local, uma dúvida fica no ar e a cada dia se renova.

Se é verdade que a cidade recebeu uma quantia razoável de asfalto e que o que foi feito até o momento ainda é apenas uma parte de tudo, porque a pressa em pintar com tinta guache as listras nas ruas? Também me inquieta o fato de não saber o motivo de escolha das ruas beneficiadas e nem o porque de transformar a cidade em um tabuleiro de damas, visto que o preto asfalto em dado momento segue uma rua inteira, ora salta outra rua, em outros momentos salta apenas uma quarteirão e reinicia em outro trecho próximo.

O fato é que a cidade precisava realmente receber tais benefícios, mesmo que em período que causa estranheza à população, visto se tratar de ano eleitoral. Mas o importante mesmo é que agora já podemos transitar mais confortavelmente por mais ruas da cidade. Até que um período de intensas chuvas finde esta lua de mel com as emendas parlamentares.

A pá de cal

A cidade volta novamente ao clima angustiante quanto à direção administrativa da cidade. Mais uma vez o destino da cidade passará pelas mãos da justiça em mais um interminável - e infelizmente não único - processo do período eleitoral que parece não ter finalidade crível.

Virou a coqueluche do momento questionar o resultado de eleições na justiça. Com ou sem razão, não importa, sempre haverá quem questione o resultado das urnas.

O que se verá, caso a administração venha a mudar, será um festival de denúncias, atraso nas obras (???) e mais uma pá de cal no destino da cidade. Será a hora de se conhecer os novos donos do poder, de aumentar a venda de óculos escuros falsificados, de estufar o peito e poder bradar em alto e bom som que “agora chegou a nossa vez!” Chega a ser divertido observar a disputa nos bastidores do poder, seja na situação atual ou mesmo após as eleições, cada “aliado” querendo para si um pedaço mais apetitoso da grande presa que se tornou a prefeitura. E o compromisso... que compromisso? Meu pirão primeiro!
Imagem: noamazonaseassim.com
Caso não aconteça a mudança, também se verá muita coisa, muito disse-me-disse e debates fúteis nas redes sociais, porque felizmente os veículos de propaganda partidária, aqui popularmente conhecidas com rádios comunitárias foram silenciadas.

Ao largo de tudo isso, a população permanecerá à espreita, tentando vislumbrar dias melhores para a cidade, como prometido desde sempre e cumprido desde nunca.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

À revelia

A cidade cresceu, mas esqueceram de avisar à classe dirigente que é preciso planejamento para manter um certo grau de civilidade e algo que lembre urbanismo.

Imagem: goias24horas.com.br.

Diariamente assistimos ou fazemos parte de um show de horrores onde, a despeito da propaganda, pouco se faz de relevante para alterar a situação.

O trânsito – sempre ele, como diria o jornalista – continua entre os piores problemas que temos. Por onde se anda vemos lama, aguaceiros, mercadorias e veículos tomando espaço dos pedestres e estes encurralados entre veículos e vias mal conservadas.

A falta de respeito no trânsito se faz perceber em qualquer dia ou horário que se queira observar. Na lama que o carro respinga ao passar em alta velocidade, nas “finas” que os motoqueiros tiram para se exibir, no pedestre que atravessa a rua sem olhar para os lados, etc, etc, etc.

E a vida segue.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Água de poço

Certa dormência se abateu sobre a - cof, cof - imprensa local. Por onde trilha?

As grandes matérias, "polêmicas" e assemelhados foram substituídos por festas, breve e solenemente antecedidas pela passagem do pires para financiar o mudus vivendi de seus ícones? Homenagens, aniversários e feijoadas preenchem as lacunas deixadas pelas notícias.

O que veremos até o clímax do período eleitoral: informações ou convencimentos?

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Um breve suspiro

O blog quase abandonado, não por falta de matéria, mas por problemas de conexão.

Neste período, mês de abril, muito se viu em Cocal City: festas populares financiadas pelo erário, que não consegue manter suas obrigações em dia, como as previdenciárias, porém sempre encontra fôlego para a diversão subsidiada.

Assistimos ainda a uma demonstração de vitalidade do governo estadual ao iniciar (e não passar disso) o asfaltamento de uma rua periférica. O lento arrastar nas obras de construção do mercado público que, aliás, se aquela empresa de lá tivesse sido a responsável pela construção das pirâmides do Egito, ainda hoje as mesmas estariam inconclusas.

Pensando bem, nada de anormal em ano eleitoral.

sábado, 29 de março de 2014

O grande dia

E chega o grande dia em que será inaugurado o trecho da PI que interliga Esperantina a São João do arraial, depois de alguns anos de pronta e utilizada, inclusive com algumas mortes no currículo. Se em outros locais existe a Transnordestina, por aqui temos a Transgovernos.

A grande obra já rendeu muitos votos em épocas passadas, quando bastava se aproximar o período eleitoral e lá vinha uma empresa para realizar os serviços. Por vezes viam-se máquinas e quase sempre se via as marcações nas laterais da pista.

Depois de muito tempo nessa situação, eis que resolvem fazer de fato a obra. O serviço não é lá essas coisas, apesar de ter melhorado bastante o tráfego por lá. O que causa estranheza é o fato de que a pista já havia sido asfaltada a mais de um ano e só agora se resolveu inaugurar. Assim, num estalar de dedos a pista foi sinalizada e agora se encontra à espera da grande festa. O mais interessante é que a pista, antes mesmo de ser inaugurada já merece reparos em muitos pontos, como neste da foto.
Imagem: Arquivo do Blog.

Com certeza não faltarão os correligionários de plantão a enaltecer a grandeza da obra em troca de cargos, daqueles que não precisa se preocupar em trabalhar. Compareça, solte foguetes e seja mais um a aparecer nas propagandas das grande obras. Exerça sua cidadania!
Imagem: Arquivo do Blog.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Teremos Micareta. Oba!

A cidade amarga péssimas condições de trafegabilidade, saneamento básico, trânsito infernal, barulheira infernal, leis ultrapassadas, fornecimento de energia elétrica e água sofrível e mais uma lista quase interminável de problemas, mas chegou a hora de esquecer tudo isso, pois teremos Micareta!
Imagem: www.umaseoutras.com.br

A qualquer pessoa que não tenha uma portaria é fácil identificar esses problemas em rápido passeio pelas vielas enlameadas e soberbamente cobertas de vegetação. E o que vemos? Políticos ávidos por mostrar serviço em busca de reeleição, desordem e atropelo na execução de obras e ainda por cima a simples presença de membros de um programa humorístico travestido de jornalismo causou frisson por alguns dias na cidade e pra toda a eternidade nas redes sociais. Bem, pelo menos até a próxima eleição municipal.

E assim, aos atropelos, pequenas vitórias e grandes publicidades seguimos à espera de dias melhores.

Dias melhores virão. É o que mais ouvimos, como sempre. Mas de que importa? Teremos Micareta!

quinta-feira, 6 de março de 2014

O ocaso do meio ambiente

Em rápido passeio pela zona rural de Esperantina podemos observar aqui, ali e acolá que proliferam pequenos açudes e barragens, preparados por pequenos proprietários (alguns nem tanto) à guiza de criatórios de peixes, como forma de implementar a renda ou mesmo torná-la fonte principal de recursos para o próprio sustento.

O desenvolvimento da piscicultura no município é acentuado e reconhecido em nível estadual, mas como todo progresso baseado em lucratividade, o aqui observado chega atropelando regras. Paisagens naturais são transformadas em nome do empreendedorismo local. Cursos d'água temporários e que antes circulavam por várias propriedades antes de desaguar no rio, agora são interrompidos aqui e ali para encher depósitos de água e os bolsos de dinheiro, levando mais tempo para apresentar filetes de água e só então correr seus cursos quase normais e ainda sob o risco de as chuvas acabarem e as águas não correrem o suficiente para prover o rio, sem que se verifique qualquer maior preocupação com os impactos ambientais, deixados à posteridade como triste presente às gerações futuras.
Imagem: Arquivo pessoal. Um dos inúmeros exemplos
de destruição do meio ambiente e falta de fiscalização.


Por onde andam as pessoas que deveriam zelar pelo meio ambiente no município, entre ambientalistas que não denunciam e a secretaria municipal do meio ambiente com seus comissionados que não fiscalizam? Não teria a secretaria municipal do meio ambiente por finalidade coordenar, controlar e executar as atividades relativas à politica municipal do Meio Ambiente no âmbito do município? O município possui politicas de conservação do meio ambiente?

Torna-se fácil alardear as belezas do município, tomando como obras próprias o que a natureza presenteou a estas terras. Cuidar para que estas belezas se perpetuem já é outro papo, trabalhoso e sem maiores dividendos políticos, uma das sequelas da divisão de cargos públicos por critérios políticos e não técnicos.

E tenho dito!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Os tipinhos atacam novamente

Com toda evolução que o mundo passa ainda existem rincões onde o obscurantismo reina. Não obstante os claros sinais de que aspiramos por mudanças politicas, diversos grupos se negam a aceitar a nova realidade.

Imagem: www.chrisduran.com.br
Em uma cidade distante de um país mais distante ainda, sempre que se aproximam eleições, diversos grupos de chefetes políticos se lançam à dura missão de conquistar votos para seus amados e idolatrados padrinhos, sem maiores intenções que conseguir um DAS e quem sabe ainda um empreguinho que não demande maiores esforços.

É preciso separar o exercício de atividade pública e devoção política. Chega de lotear os órgãos públicos pelo numero de votos. Por conta desta prática lastimável assistimos a um festival de horrores em diversos órgãos públicos nos mais diversos níveis.

Em decorrência ainda deste apadrinhamento todos aqueles que se esforçam para passar em concursos públicos se vêem preteridos, por exemplo, na simples lotação em determinados setores ou locais de trabalho. Ganha mais quem tiver um padrinho que dê um “jeitinho” para descolar aquela vaga maneira no lugar do colega que estudou mais.

Esses tipinhos – ao menos parte deles – são os mesmos que cobram medidas contra a corrupção que assola o país, fazendo cara de paisagem quando confrontados com as mutretas que fazem para se dar bem, se esquivando de perguntas comprometedoras sobre como conseguem melhores vagas nos melhores locais.


Essas benesses são efêmeras, caros cidadãos. Não há mal que nunca se acabe e nem bem que pra sempre dure. Um pouco de decência, ao menos. Progridam sem acotovelamentos!