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Imagem: curitibapsicologa.wordpress.com |
Acostumamo-nos
com a ideia de que todo político é ladrão,
corrupto. As causas dos males do país são
frequentemente lembradas como oriundas dos péssimos exemplares
de políticos que temos, alguns, que ajudamos a eleger.
É
muito fácil e oportuno jogar a culpa de tudo nos outros,
lembra a frase: errar é humano, culpar os outros é
fundamental. Quase que não paramos para pensar que parte
do 'mal' que nos atormenta inicia em nós mesmos, em pequenas
ações que insistimos em manter.
Quando o
noticiário divulga a descoberta de mais um escândalo de
corrupção, seja ele promovido por qualquer que seja das
correntes políticas existentes, não demora e se pode
ver/ler nos mais diversos veículos de comunicação
que o país está sem jeito, que a classe politica
deveria ser exterminada e outras atrocidades. Nestas horas é
comum pessoas dizerem que sentem nojo só em pronunciar a
palavra político, como se ela por si só fosse culpada
por todos os males. Se o político é ruim, alguem votou
para que ele pudesse estar lá e fazer o que faz.
Do outro
lado da moeda, deixamos de observar os pequenos delitos que o cidadão
dito comum comete no dia-a-dia, como desobedecer as leis de trânsito;
a gorjeta providencial que garante ligeira vantagem no atendimento; a
cola na hora da prova; furar a fila do banco alegando pressa para
algo que não existe e outros tantos pequenos atos de
desonestidade que se avolumam num crescendo sem fim durante nossa
existência. Não seria isto também demonstração
de que a malfazeja corrupção não é
inerente à carreira política, mas um mal a ser
combatido no dia-a-dia por todos?
A
diferença entre o que fazemos e o que desejamos que os outros
façam é só uma questão de educação
e atenção às regras básicas de
convivência. Simples assim. O resto não passa de
hipocrisia.
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