... tinha
um poste no meio do caminho. Pode até soar leve como mais uma
versão do poema de Drummond, mas na verdade não é.
Esta é mais uma pérola do projeto urbanístico de
Esperantina, que se supera a cada dia.
Já
temos rua traumatizada, estádio de papel, mercadoCad, entre
outras excentricidades. Mas o que fizeram nesta que ora abordo é
incrível: um poste fincado bem no meio de uma rua, no
prolongamento da avenida Bernardo Bezerra.
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Imagem: Arquivo do blog. |
Pensativo,
imagino o dia em que um cidadão - depois de mais uma noitada
de bebidas e etc - necessite transitar por aquela rua e, supremo
delírio, ao ver aquele poste plantado bem no meio da rua
pensa: devo estar vendo coisas, aquilo ali não é um
poste, eu é que bebi demais e acelera - crash – pow – e lá
se vai, mais uma vítima para o 193, com os cumprimentos do
grande arquiteto.
Pelo
menos agora sabemos que a cidade se tornará conhecida
nacionalmente, pois com certeza concorrerá ao Prêmio
Nacional de Arquitetura e Urbanismo, tal a grandiosidade da obra e o
impacto positivo na auto estima dos nativos. Até vejo o
aumento do turismo local, pois se a Torre de Pisa, que é
inclinada e corre risco iminente de desabar e ainda assim atrai
turistas do mundo inteiro, que dirá nossa rua (já me
apropriei). Só me arriscaria a sugerir a construção de um arco do triunfo nas
proximidades.
Em terra
de cego, quem tem um olho... é caolho! Por que, tá
duvidando?
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