segunda-feira, 17 de setembro de 2012

E o verde que estava aqui?


A cidade de Esperantina arde em um calor quase insuportável. A cada dia vemos a área verde diminuir ante o avanço da civilização. A falta de incentivo e/ou mesmo consciência das pessoas contribui em muito para a situação de agora, aliás, nos falta um plano de arborização da cidade, com deveres para administradores e administrados.

Não bastasse tudo o que já foi destruído, a foto abaixo retrata mais um duro golpe ao já combalido verde municipal. A pretexto de reformar o prédio para uso comercial, um infiel discípulo de Burle Marx teve a estupefaciente ideia de cortar as árvores que refrescavam o local. E ficará por isso mesmo, já foi cortado e pronto. Tambores não rufaram, discursos apocalípticos não foram proferidos. Tal prática não mereceu sequer uma nota de rodapé na – cof-cof – mídia local e, suprema heresia, nem mesmo nos inúmeros discursos proferidos nas reuniões com “amigos”, que jorram aos borbotões neste período.
Imagem: Arquivo do Blog.

Um rápido passeio pelas ruelas enlameadas da cidade e se pode perceber que há um enorme déficit em áreas verdes. A cada dia novas construções são erguidas, em vários locais da cidade e o cuidado em manter áreas verdes, nem pensar!

Isso tudo ocorre na tal grande Esperantina, cidade que aspira ao título de grande centro urbano da região norte do estado! Na mesma cidade que se orgulha de ter uma cachoeira apreciada por turistas de várias regiões, assistimos ao lento desmatamento e agonia do pouco verde que ainda temos na zona urbana.

Só para ressaltar, até mesmo na cachoeira são visíveis e risíveis as práticas ecológicas postas em prática. Placas e dias temáticos encantam ecologistas de plantão e enchem de fotos os perfis nas redes sociais, mas os resultados práticos ainda estamos por ver. Por lá pode-se ver que até mesmo construções avançam sobre as margens do rio, em total desrespeito às normas que deveriam reger um parque ecológico, pelo visto, privatizado. E tenho dito!

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