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Foto: Aldair Dantas/G1.globo.com |
Foi publicado no Diário Oficial da União do dia 13 de março de 2015 uma portaria que decreta situação de emergência em 201 municípios do Piauí por conta da estiagem e como não poderia ser diferente, Esperantina está inclusa na lista. A portaria foi assinada pelo secretario nacional de Proteção e Defesa Civil e está em pleno vigor.
Agora
veio a surpresa desta denominada festa do peixe. Imagino que, igualmente ao resto do
mundo, por aqui os peixes sejam criados em reservatórios com água, esta mesma
que o governo decretou estar em falta. Se falta água para a agricultura e em muitos
lugares até mesmo para beber, porque cargas d’água há água suficiente para
criatórios de peixes?
Bem
melhor seria verificar de onde os piscicultores retiram a água para seus
açudes. E o que dizer daqueles que fazem do combalido rio Longá seu criatório
particular? Quantos pequenos riachos perderam vazão para que piscicultores
pudessem ganhar dinheiro com seus criatórios? Vale incentivar os piscicultores
em detrimento aos agricultores?
Festa
do peixe? Bem melhor seria distribuir as cisternas para amenizar a situação das
famílias que necessitam de água para sobreviver e não para criar peixes.
Festa
do peixe? Melhor seria destinar verbas para asfaltar ruas, sinalizar, organizar
o trânsito infernal.
Festa
do peixe? Melhor seria livrar a cidade dos elefantes brancos presenteados à
população, que custaram caro, se deterioram e com certeza consumirão mais
recursos para finalmente serem entregues à população, a exemplo do mercado público.
E
como já é de praxe por estas terras, ano que vem, quando da realização da II
festa do peixe, esta já será “tradicional” e ninguém poderá mais reclamar da
realização da mesma em período efervescente da campanha eleitoral. Bem melhor
seria se os patrocinadores do evento dirigissem suas verbas para algo mais útil
em tempos de emergência por estiagem.
A
mensagem implícita é: esqueçam dos problemas, afinal, teremos uma festa do
peixe. Iuhuuuu!!!!
E
tenho dito!
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