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Na natureza tudo ocorre ao seu tempo, precisamente, ininterruptamente.
Atualmente estamos no período das chuvas, embora as mesmas não venham com tanto
vigor quanto pretendido. Paralelamente às chuvas é bastante popular o ditado de
que com elas surgem os sapos. Igualmente sazonal, neste período pré-eleitoral
disfarçado, surge outro personagem não menos asqueroso: o candidato.
Com as chuvas temos o início das atividades agrícolas, a fartura
na mesa e a lama na rua. O sapo vem como efeito colateral, indesejado, feio e
repugnante, sempre a coaxar e assustar as incautas. Apesar de todos os
adjetivos é um animal inofensivo, apenas injustiçado pelo folclore popular.
Já o candidato, aquele outro animalzinho, também espera o
momento oportuno para importunar as pessoas e, diferentemente do sapo, inicialmente
não repugna pela aparência, mas pelas falas, atos e pretensões. Basta dedicar
um pouco de atenção a um exemplar e se preparar para os infames tapinhas nas
costas, acompanhados de lembranças do passado, nem sempre verdadeiras, mas
utilizadas pelo dito-cujo como se fossem, em busca de alguma familiaridade. O tipo
é tão chato que consegue estragar um dia de sol.
Chegamos a um período em que eles, os candidatos, começam a
sair dos abrigos, a mostrar-se no meio das massas, meio timidamente a
princípio, porém, cheios de malícias e dispostos a ajudar. Alguns representam
as velhas práticas coloniais no trato com o povo, outros, reduzidos às risíveis
promessas de diversões populares para atrair os eleitores jovens, no
melhor estilo pão e circo. Pobres de nós!
Que venham as chuvas e por tabela os sapos, mas bem que poderíamos
ser poupados dos candidatos.
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Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!