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Imagem: tulipasnajanela.blogspot.com |
Hoje
foi destaque na imprensa nacional que o ministério público federal segue com
ação contra um ex-coronel do exército brasileiro, encarregado pelo estado a dar
combate a revolucionários que se articulavam na região do Araguaia, localizada
nas proximidades das divisas entre os estados do Maranhão, Goiás e Pará. O militar,
hoje na reserva é acusado de seqüestrar e matar guerrilheiros da região do
Araguaia, quando era o comandante das forças anti-guerrilha, um conflito até
hoje não muito bem explicado.
O fato
é que grande parte da imprensa cai matando o exército que deu combate a guerrilha
que – contrariamente ao que se propaga – não pretendia implantar a versão do paraíso
por aqui. A intenção não era preencher as paisagens locais com anjinhos tocando
harpa pelas ruas e campos. Os guerrilheiros intencionavam implantar por meio de
suas ações e do apoio da população o regime comunista, espelhando-se nas
vitoriosas revoluções cubana e chinesa, que até hoje não são exemplos de
democracias, tampouco de fiéis seguidores dos direitos individuais, onde as pessoas dependem de licença do estado até mesmo para pintar as paredes de casa. O período em
que ocorreram combates entre as forças antagônicas foi muito fértil em idéias
revolucionárias. Era a época do comunismo contra capitalismo, da esquerda
contra direita, do bem contra o mal.
Não
afirmo que o procedimento dos militares foi correto ao torturar e mesmo
eliminar dissidentes, mas daí a alçar os que morreram no panteão dos heróis nacionais
é uma distância muito grande, principalmente se consideradas as reais intenções
dos participantes.
O fato
é que no momento a história do Brasil passa por revisionismo troncho, debatendo
temas que o tempo e a lei nº 6.683, conhecida como Lei da Anistia deu por
encerrados. Porém um belo dia o congresso nacional resolve aprovar a criação da
dita Comissão da Verdade, como se esta fosse uma coisa palpável e única, para
investigar violações aos direitos humanos no período da ditadura militar no Brasil,
mas especificamente entre 1946 e 1988.
O engraçado nesta de rever a história foi a
exibição de uma novela - diga-se de passagem de péssima qualidade na abordagem –
para abordar o período da ditadura e sorrateiramente reavivar, trazer à cena
atual o debate sobre a necessidade de uma comissão, que nas entrelinhas deve atuar
como uma caça às bruxas, no melhor estilo inquisição.
Nos
próximos dias assistiremos ao discurso dos bravos revisionistas na imprensa
nacional, quando será anunciada a composição da comissão. Já que a dita foi
criada, espera-se pelo menos que aponte os excessos cometidos por ambos os
lados naquela página mofada da história do Brasil e não se restrinja a agradar
ideólogos do paraíso e heróis em busca de pecúnia.
E tenho dito!
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