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Imagem: https://minilua.com |
Baixada a poeira das eleições, de tristes memórias, a
cidade volta à rotina entediante. Veículos na contramão, mercadorias nas
calçadas, não uso do capacete, ausência de fiscalização no trânsito, enfim,
tudo está igual como era antes, para o gáudio da geral.
Durante todo o período eleitoral procurei alguém que citasse
algum dos problemas citados anteriormente em suas manjadas “se eu for
eleito(a), farei...”. Mas isso é esperar demais daqueles que se propõem a tomar
as rédeas políticas do município, em qualquer setor.
Ao contrário do esperado, sai na frente quem promete mais ilusões,
por mais estapafúrdias que sejam. Falas mais lúcidas que se apresentem são sufocadas
pelas popularescas promessas de mais educação, saúde, como se tudo se resumisse
a isso e fosse dever exclusivo do município e ainda fornecessem resultados a curto
prazo.
Voltando ao tema trânsito, aqui ganha quem promete menos. Capacetes?
Blitz? Isso não traz votos. Só serve para separar os maus dos popularescos. Esquecem
os néscios que a violência que hoje assombra parte da população deriva dessas “liberdades”,
tristemente defendidas pela maioria dos postulantes a cargos eletivos. Maior
controle dos veículos não poderia ser encarado como algo ruim. Se grande parte
da população hoje pode adquirir veículos, também pode mantê-los em dia com os
impostos. A desculpa esfarrapada de que não o fazem porque as taxas são caras é
apenas parte do discurso de eternos coitadinhos. Enquanto isso o trânsito segue
matando, crimes acontecendo porque não há interesse em fiscalizar. Delegar apenas às forças policiais essa tarefa hercúlea é minimizar o problema.
As prosaicas blitzen reduziriam em muito a incidência de
assaltos corriqueiros como aos postos de combustíveis e pequenos
estabelecimentos, assaltos nas estradas, alguns deles seguidos de mortes, como
aquele que vitimou dois cidadãos há poucos dias, mas tudo isso é deixado de
lado em nome da boa convivência com todos, da vitimização dos oprimidos pelo sistema
e todo um discurso já embolorado pelo tempo. E ainda dizem que vivemos há pouco
a festa da democracia. Qual, cara-pálida?
E tenho dito!
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