Noite
escura. Do topo de um morro fico a contemplar as luzes da cidade –
alguns pontos dela totalmente às escuras, mas isso será
abordado outro dia – e não há como não pensar
no rápido crescimento da cidade. Luzes dos mais variados
matizes: brancas, amarelas, algumas azuis e... mais uma espreitada
pelo horizonte à procura de uma tonalidade diferente das
demais... mas como não notei antes a falta das luzes vermelhas
das torres, aquelas que devem sinalizar a presença de
obstáculos a possíveis desavisados pilotos?
Consternado, agora percebo que as torres instaladas em Esperantina
não possuem sinalização por meio de lâmpadas
vermelhas, pelo menos a maioria delas. É como se elas fossem
eternamente vinculadas à Hora do Planeta. Por vezes a única
luz visível na maior das torres locais é um pontinho
verde, um laser daqueles vendido em qualquer banca de camelô e
que dia sim dia não insiste em percorrer toda extensão
da torre (sim, eu vejo).
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Imagem: Banco de imagens internet. |
Mesmo
considerando que o tráfego aéreo por aqui não
exceda a pequenas aeronaves de políticos e limitada ao período eleitoral e vez por outra um helicóptero de alguma força
policial em busca de delinquentes/infratores é importante
salientar que as empresas que detém direitos de exploração
das torres desobedecem às determinações da ANAC
e mais especificamente a PORTARIA Nº 1.141/GM5, DE 8 DE DEZEMBRO
DE 1987, do Ministério da Aeronáutica. Desta forma,
alguém está deixando de fazer seu trabalho direito,
pois com certeza há pessoa remunerada para cuidar das
construções. Nada de mais alarmante por aqui,
onde as exceções é que são a regra.
Importante
lembrar que mesmo com o baixo uso do espaço aéreo por
aeronaves, quando alguma delas cruza o céu sobre a cidade, a
falta de sinalização oferece perigo às aeronaves
e aos moradores, notadamente no período noturno.
Não
seria o caso de esperar acontecer algum acidente para se resolver
instalar a competente sinalização nas torres, pois há
toda uma legislação que rege sobre o assunto. Lembrando
ainda que as torres servem às empresas de telecomunicações,
que faturam horrores explorando este importante serviço e que
deveriam, por respeito aos usuários e demais cidadãos,
dar retorno em serviços, mesmo que simplesmente sinalizando
suas torres.
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