Passada a euforia da semana gastronômica
a cidade volta ao ritmo normal devagar quase parando, mas um olhar sobre alguns
fatos do feriadão é necessário.
Inicialmente um cidadão ainda não
identificado fez a caridade de aporrinhar ainda mais o sossego com um helicóptero
na sexta-feira. Tudo bem que cada um se desloca da maneira como pode ou acha
que pode, mas fazer rasantes com o helicóptero sobre as residências foi além da
conta, sem contar que a última vez foi após o rango, momento em que estamos em
alfa, já próximo da hibernação e o cidadão lá, importunando o sono alheio.
Os menos afortunados também fizeram
sua parte na perturbação do sossego, guiando velozmente seus bólidos barulhentos
pelas vielas, espalhando adrede lama e música ou música lama.
O pior foi transformarem o
passeio central da avenida-rio em estacionamento, onde mais uma vez privatizaram um espaço público e necas de aparecer alguém para botar os pingos nos is. As
pessoas que vem de outras cidades - não todas - muitas vezes apresentam péssimos comportamentos
ao volante, certos deles justificam o ato por estarem “no interior”, outros
apenas se guiam pelos hábitos locais, pois vêem os motoristas daqui fazendo
todo tipo de barbaridade no trânsito e logo pensam: se os daqui fazem isto,
porque eu também não poderia?
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Imagem: vamoscorrendo.wordpress.com |
Somadas estas atitudes dos
nativos e visitantes à imprevisão de quem deveria se organizar por direito, o feriadão
do mês de abril se torna um tormento todos os anos para os que não participam das festas que caracterizam o período, que seria religioso.
E tenho dito.
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