Carnaval, período para extravasar
alegria. Dedos em riste para o alto, não importa a música. Hora de esquecer a
merreca de salário, as árvores derrubadas, a BR 222 e procurar nas gavetas
aquele CD com as insuportáveis eternas marchinhas de todos os carnavais,
passar as músicas para um pendrive e infernizar a vida dos outros com o som do
carro ou do barzinho da preferência.
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Imagem: thekanalhas.blogspot.com |
Todos os anos a cena era continua
a mesma coisa, bastando uma roupa ridícula qualquer, um pacote de maisena e
encher o tanque de bebidas. Era, do verbo acabou.
Agora temos por várias cidades do
estado o ressurgimento dos blocos de rua, bem mais tradicionais que as folias
com trios elétricos a que estamos acostumados assistir pela TV. Trio elétrico agora
é para os fracos! Esqueça a algazarra dos inúmeros foliões se espremendo por um
lugar ao sol. A onda agora é reunir pequenos grupos fardados e pulverizar a
alegria por diversos pontos da cidade. É. Popularizar uma festa que pelo visto
não o era. É preciso ressaltar o antes e o depois. E para que trazer artistas
de renome para animar as festas por aqui se já temos talentos sobrando? E ainda
tem a banda com pa-parará-tim-bum.
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